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O que é Pé Diabético?

O nível elevado de açúcar no sangue pode afetar nervos e a circulação sanguínea das pernas. A lesão dos nervos pode causar formigamentos, agulhadas, queimação e até insensibilidade dos pés. Desta forma, o diabético não sente as lesões e estas pioram e podem se infectar, o que pode levar a amputação de pés e pernas.

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Principais Sintomas:

Os principais são dores nas pernas, principalmente com exercícios, feridas que não curam, pés inchados, azulados e ressecados.

Cuidados:

  • É preciso examinar diariamente os pés e ter cuidados com bolhas, rachaduras e ressecamentos.
  • Evite colocar os pés de molho, pois eles poderão rachar ou ressecar.
  • Nunca ande descalço, mesmo em casa
  • Não tente remover calos ou verrugas com curiosos e pedicures sem treinamento.
  • Use diariamente uma loção ou creme hidratante nos pés. Retire o excesso e não use cremes entre os dedos.

Consequência do problema:

A diabetes pode levar a amputação dos pés ou pernas.

Algumas pesquisas indicam que 2 em cada 3 diabéticos de longa data e com deformidades ou feridas nos pés tem algum grau de má circulação arterial nas pernas, ou seja, o sangue rico em oxigênio e nutrientes alcança os pés em quantidade menor que o normal. Na ausência de feridas ou infecção, muitas vezes a má circulação pode ser tolerada pelo paciente diabético. Entretanto, quando existem lesões nas extremidades, de qualquer tipo, e principalmente associada a infecção, as demandas metabólicas necessárias para a cicatrização e combate a essa infecção podem subir exponencialmente e aquela circulação antes apenas diminuída passa a ser insuficiente. Associado ao fato de menor concentração de medicações, por exemplo antibióticos, chegar aos pés quando não ha uma circulação adequada, somando-se estes fatores, o pé diabético com feridas e falta de circulação está exposto a um enorme risco de evoluir de forma desfavorável, eventualmente com gangrena e amputação nos casos extremos. Dessa forma, quando existem lesões (feridas) em pés muito isquêmicos (falta de circulação severa) ou em pés moderadamente isquêmicos, mas que mesmo após algum tempo de tratamento com curativos teimam em não cicatrizar, nestes casos, pelo risco de complicações maiores, existe a tendência atualmente a se realizar algum procedimento no sentido da tentativa de se reestabelecer ou melhorar a circulação de sangue naquela extremidade.

Existem algumas formas de se melhorar a circulação nas pernas que estão em risco. Normalmente esse processo começa com um exame de imagem que forneça detalhes anatômicos do leito arterial do membro afetado. Tais exames compreendem desde um simples ultrassom com Doppler, angiotomografia, angiorressonancia podendo chegar a exames mais invasivos como a angiografia por cateter (Cateterismo). Neste último, quando identificamos que existem condições anatômicas para tal, podemos no mesmo ato realizar o tratamento destas lesões arteriais que estão causando a má circulação. Esse procedimento endovascular é chamado dilatação arterial ou angioplastia, que pode ser complementada ou não pelo implante de uma estrutura, geralmente metálica, no interior da artéria o chamado Stent.  Dependendo das características das artérias, o procedimento endovascular pode não ser possível. Neste caso podemos ainda realizar uma ponte ou derivação cirúrgica de forma a levar o sangue de uma região de boa circulação para a região onde este sangue está faltando. Essa ponte pode ser feita com veias do próprio doente (ppor exemplo a veia safena) ou com enxertos de material sintético, com uma certa preferencia pelo primeiro. Quando corretamente indicados e realizados com sucesso estes procedimentos ajudam muito a diminuir as taxas de amputação e mesmo de morte.